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Eflúvio telógeno: agudo x crônico
Existem dois tipos de eflúvio telógeno: o agudo e o crônico. O agudo é uma alteração autolimitada, ou seja, tem início, meio e fim. Após um período de queda, os fios voltam a crescer espontaneamente. Esse processo se chama repilação e o tempo de recuperação vai depender do comprimento do cabelo.
Já o eflúvio telógeno crônico pode acontecer de duas formas: por insultos repetidos ao longo do tempo (reações em cadeia de eflúvios agudos), ou por uma doença do ciclo capilar que impede o crescimento sustentado do fio.
Entendendo o ciclo capilar
Por volta da 12ª a 14ª semana de gestação, ainda na fase embrionária, começa a formação dos folículos pilosos. É o início do ciclo capilar, que irá se repetir ao longo de toda a vida, sempre no mesmo sentido:
Fase anágena: fase de crescimento dos fios, que dura de 2 a 7 anos, variando de pessoa para pessoa. Esse tempo é geneticamente determinado.
Fase catágena: fase de repouso que dura cerca de 15 dias.
Fase telógena: fase de queda dos fios. O intervalo entre sair da fase anágena e entrar na telógena é em média de 3 meses.
Após a queda, um novo fio começa a ser formado e empurra o fio antigo, reiniciando o ciclo na fase anágena. Ou seja: uma vez que o fio sai da fase de crescimento, ele obrigatoriamente passará pela queda antes de renascer.
Diagnóstico primeiro, tratamentos depois
Na prática, o ciclo capilar pode sofrer interrupções por diferentes insultos (como estresse, doenças, alterações hormonais, deficiências nutricionais, medicamentos etc.). Quando isso acontece, os fios deixam a fase de crescimento e, inevitavelmente, irão cair.
E é aqui que mora um erro comum: buscar shampoos milagrosos, vitaminas ou gominhas sem avaliação adequada. Nenhum produto consegue manter um fio na fase de crescimento uma vez que ele já saiu dela. O correto é investigar a causa antes de gastar dinheiro sem necessidade.
Se você está passando por um eflúvio telógeno agudo, saiba que a média de duração da queda é de cerca de 15 semanas. O ciclo tende a se normalizar espontaneamente.
Agora, se o seu caso for um eflúvio telógeno crônico, é fundamental iniciar um tratamento específico, com acompanhamento dermatológico e uso de medicamentos adequados (e não apenas suplementos ou vitaminas).
Se você está enfrentando queda de cabelo, procure um dermatologista. Em muitos casos, é possível perder volume, sim, mas com diagnóstico correto e tratamento quando necessário, há tempo de intervir e recuperar a saúde dos fios. E lembre-se: careca você não vai ficar.